terça-feira, 24 de março de 2009

O protesto, 40 anos depois... (Mudanças desde então?)



Iria publicar este texto amanhã... Mas mudei de idéia... e já passa de meia-noite no meu relógio de qualquer maneira... Então, vamos ao que viemos, ok?!

Em 25 de março de 1969 - 40 anos atrás, portanto - iniciou-se o primeiro Bed-In for Peace: protesto pela paz mundial feito pelos recém-casados John Lennon e Yoko Ono, em Amsterdã (Países Baixos). Eles estavam oficialmente casados há cinco dias (a união aconteceu em Gibraltar) e, conscientes do barulho que a notícia iria causar na mídia/imprensa, resolveram usar o espaço para se manifestar contra a guerra e suas brutais consequências. A guerra do Vietnã já contecia há cerca de dez anos nesta época e estava há alguns outros anos de seu final.

Enfim... John e Yoko ficaram uma semana na cama, em seu quarto no Hotel Hilton versão holandesa, onde recebiam equipes de reportagem diariamente e enfatizavam suas intenções de paz.

"...Em nossa opinião, a paz só será alcançada por métodos pacíficos...", disse Lennon em uma posterior entrevista.

A segunda versão do Bed-In for Peace aconteceu entre o final de maio e o começo de junho daquele mesmo 1969 em Montreal (Canadá). A primeira opção de cenário para as manifestações eram os Estados Unidos... Mas não rolou... por causa de uma recente acusação a Lennon por porte de drogas, lá.

E foi em pleno clima de protestos na cama, em Montreal, que foi gravada 'Give Peace a Chance'. Mesma época do lançamento do single (dos ainda Fab Four): 'The Ballad of John & Yoko', escrita por John e gravada por ele e Paul McCartney, onde é citado o primeiro Bed-In, entre outros acontecimentos marcantes da biografia do casal.



Não houve grandes - e nem imediatos - retornos dos chefes de estado com quem John & Yoko tentaram entrar em contato (os dois, inclusive, enviaram sementes a estes países, que esperavam que fossem plantadas como símbolo de paz). Mas Pierre Trudeau, o então primeiro-ministro canadense, convidou-os para uma visita - em dezembro daquele ano. John disse, na saída da reunião, que "se todos os políticos fossem como Pierre Trudeau, a paz mundial existiria".

*

Onze anos depois, quando Lennon/Ono já viviam em Nova York e haviam acabado de assinar um contrato e lançar um disco, o 'Double Fantasy', John Lennon deu um autógrafo para um - assim chamado - fã, e foi baleado e assassinado pelo mesmo horas depois, enquanto ele e Yoko caminhavam em direção ao seu apartamento no edifício Dakota.



Said something about peace?
...................................................................

Bem, o protesto de Amsterdã será celebrado e revivido por muitas pessoas, no mundo (como já acontece há muito tempo). Mas, para as comemorações dos 40 anos, o hotel Hilton local abriu a exposição: 'From Holland with Peace'. Além de imagens feitas por diferentes fotógrafos em 1969, estão lá dois desenhos criados por Lennon durante os dias de cama pela paz. E fotos com este mesmo tema, que mostram um pouco da história do país nos últimos 40 anos; entre outras atrações. A exposição está instalada no mesmo quarto do Bed-In for Peace. Começou em 21 de março e vai até o próximo dia 29... para quem estiver na cidade!


-Um cidadão holandês, Marcel Gootjes, vai prestar suas homenagens na cidade de Rotterdã, no Euromast Tower - onde ele deve permanecer por 3 dias, a partir de 29/03, quando espera arrecadar dinheiro para a rede de ong's War Child. Gootjes também vai tentar estabelecer um recorde e, para isso, pediu às emissoras de rádio do mundo que - neste dia 25 - coloquem no ar a música 'Give Peace a Chance', às 14:15 do horário holandês. Será que ainda dá tempo??



Mais informações:


www.fromhollandwithpeace.com
www.imaginepeace.com

*Manuscrito, por Lennon, de 'Give Peace a Chance'.

M

terça-feira, 17 de março de 2009

Dia de St. Patrick ("The whole world is Irish on St. Patrick's Day")


Hoje é dia de St. Patrick e, por conta disso, várias festas e baladas acontecem também aqui no Brasil. Mas, desinformada, fiquei bem curiosa sobre a história dele e fui pesquisar. E não ia deixar de contar pra você, bloguitcho!!

St. Patrick é Santo Padroeiro da Irlanda e o dia dele é considerado o mais importante feriado lá em Éire.

Existem muitas dúvidas e poucos registros relacionados à vida de Saint Patrick. De qualquer forma, depois da pesquisa, reuni neste texto algumas das informações que são (de maneira geral) aceitas como verdadeiras por boa parte dos estudiosos.

O "gringo" supostamente batizado Maewyn Succat, foi levado para a Irlanda como escravo aos 16 anos de idade. Ele nasceu no século V e foi criado naquela que é conhecida hoje como Carlisle, então Bannavem Taburniae (Inglaterra). Depois de 6 anos de trabalhos forçados, o futuro Santo Padroeiro da Irlanda fugiu em um barco que seguiria rumo a seu país, e reencontrou sua família.

St. Patrick começou a desenvolver a fé durante os anos de escravidão e, depois de voltar pra casa, decidiu tornar-se padre. Passou, então, a bispo. 'Confessio' e 'Epistola' são duas cartas creditadas como originais - e escritas, em latim, pelo próprio.

Na primeira, ele conta de sua visão que mostrava que ele deveria voltar à Irlanda como missionário, o que aconteceu anos depois de sua fuga. St. Patrick foi pregar o cristianismo e combater o paganismo daquele país.


Considera-se o dia 17 de março como o dia da morte de St. Patrick. Seu ano de nascimento é estimado entre 385 a 390 e o de sua morte, entre 460 e 461.

Um dos principais reconhecimentos ao Santo (que, supostamente, não foi canonizado por um Papa - porque naquele tempo as canonizações eram regionais) foi o ato heróico de voltar a um país estrangeiro onde ele viveu 6 anos de sofrimento, para cumprir o que ele acreditava ser sua missão divina.


As comemorações que celebram St. Patrick acontecem desde bem antes do século XVII. O dia 17 de março, no entanto, passou a fazer parte do calendário religioso nesta época e se tornou feriado público em 1903. É quando a Irlanda inteira sai para as ruas para se divertir, com comes, bebes, música, teatro e muito mais...

E a festança rola também em outros países. Canadá, Estados Unidos e Reino Unido entre os principais...

M

sexta-feira, 13 de março de 2009

Divulgação do meu trabalho (parte 2) - O Pitbull da Rainha

Na mesma idéia de falar de notícias desta semana, o DJ Sany Pitbull -mestre da MPC*, como é chamado- divulgou ontem, no MySpace, as datas de sua próxima turnê européia.

Conheci e entrevistei o carioca Pitbull há quase um ano, em Amsterdã - a capital holandesa. Depois de semanas em excursão, ele havia acabado de fazer seu primeiro baile funk na terra de Oranje. Nas palavras do próprio, foi uma noite diferente, por ter sido também seu primeiro baile para um público totalmente brasileiro em território estrangeiro.

Funcionou, porque Sany seguiu viagem com novas datas já marcadas para 2008 em Amsterdã, nas comemorações do Dia da Rainha (30/04): o maior feriado -e maior festa- do país.

De acordo com o calendário divulgado ontem pelo DJ, parece que a Holanda terá mais um Koninginnedag a la Pitbull.

Abaixo, o vídeo da entrevista que fiz com ele, munido de sofá vermelho em plena cidade cinza:


*MPC: Mesa de som utilizada especialmente por DJ’s para a produção de beats, que são inseridos em tempo real por cima das músicas, com vários botões e efeitos, no melhor estilo: “quem sabe faz ao vivo”.

M

Road Blog do Rock (parte 2)



Andreas Kisser, guitarrista do grupo Sepultura, divulgou nesta semana a data de lançamento (na Europa) de seu primeiro disco solo. Hubris I&II (duplo) estará naquele mercado a partir de 29 de maio, mas ainda não existe uma data oficial para o Brasil...

Mesmo assim, no final do ano passado Kisser concedeu algumas entrevistas locais para falar sobre Hubris...

...e eu aproveitei a notícia desta semana para divulgar uma das entrevistas, feita por mim, para a PodCasting Brasil...!


Neste áudio, Andreas explica sobre o começo do processo de composição (algumas músicas foram escritas há 15 anos), fala sobre as diversas parcerias e sobre a influência da música clássica, bem presente no trabalho. Entre eventuais e inevitáveis assuntos relacionados à sua banda, já que, naquele momento, o Sepultura estava prestes a lançar mais um disco.

M

terça-feira, 10 de março de 2009

Na estrada com uma banda de rock: Blizzard of Ozz (Rudy Sarzo)

Biografia é um dos gêneros de literatura que mais me interessam. De qualquer pessoa que tenha algo para contar. Mas, ao contrário da inspiração básica para o post anterior, eu gosto muuuito de música, e estou sempre à procura de biografias de quem a faz, ou fez.


O livro da vez é o 'Off the Rails - Aboard the Crazy Train in the Blizzard of Ozz' (ainda não lançado no Brasil), do baixista Rudy Sarzo. No final dos anos 70, ele e Randy Rhoads -guitarra- tocavam na banda Quiet Riot. O grupo tinha um público pequeno e cativo, em todas as suas apresentações nos bares e clubes de Los Angeles. Parecia ter tudo para ser o próximo grande sucesso de mercado, mas tomou um caldo da New Wave - que estava chegando e recebeu toda a atenção das gravadoras na época.

Enquanto isso, o britânico Ozzy Osbourne encerrava seus quase 10 anos como vocalista do Black Sabbath. A agora ex-banda dele já havia, neste ponto, registrado seu nome na história como uma das precursoras do que foi chamado de heavy metal. Ozzy iniciou seu trabalho solo e, de cara, convidou Rhoads para cuidar das *seis cordas (*por falta de um sinônimo mais original) e colaborar nas composições.


Sarzo, o autor do livro, foi escalado às vésperas do lançamento do segundo disco da Blizzard of Ozz, em 1981, com uma longa turnê pela frente.

E é basicamente sobre esta turnê que trata o livro. Com a facilidade de ainda ter os diários da época, o baixista conta muito sobre o cotidiano da excursão - com Tommy Aldridge na bateria e cheia de 'causos', que durou um ano e meio e terminou com uma nota trágica: a morte de Randy Rhoads e mais duas pessoas da equipe, em um acidente aéreo, a seis meses do final das apresentações. Os outros ocupantes do avião eram Rachel Youngblood e o motorista/piloto Andy Aycock.

Segundo o autor (amigo, e não só colega de banda de RR), a principal decisão para montar este documento é a vontade de esclarecer as desinformações a respeito da vida, da morte e do talento de Rhoads.

De quebra, um belo registro de Ozzy em sua juventude e - olhando em retrospectiva - começo de carreira. Um pedaço de história, para quem gosta ou se interessa por rock (n'roll).

M

domingo, 8 de março de 2009

Aos 47 do segundo tempo... (Os clichês da vida e do futebol...)

Tá aí um assunto que me desperta pouquísimo interesse: futebol. Mesmo assim, de vez em quando eu uso a frase do título deste post para falar de algum acontecimento que se concretizou e mudou o final (a esta altura já muito provável) de uma história.

A imprevisibilidade de tais eventos torna as histórias bem mais interessantes e, como eu gosto de histórias interessantes, normal que eu tenha percebido o momento futebolístico acontecido agora há pouco em Presidente Prudente (SP) e que, com certeza, já está pipocando pelo mundo. Admito que estava em pleno cochilo durante o jogo de futebol. Mas fui acordada pela gritaria da vizinhança e fui checar o placar. Ronaldo se levantou de novo. Foi escalado para o segundo tempo do cláááássico Palmeiras x Corinthians e evitou a derrota de seu time. Marcou um gol aos 47 do segundo tempo. Derrubou involuntariamente o alambrado logo em seguida: consequência da compreensivelmente empolgadíssima comemoração. E recebeu um cartão amarelo por comemorar fora de campo.

Depois de se recuperar de sua terceira cirurgia (a esta altura ele há havia recebido há tempos sua também terceira nomeação como melhor jogador do mundo), e de viver um punhado de polêmicas e escândalos em diversos setores: seus relacionamentos, a -má - forma física (etc...), Ronaldo Nazário entrou em campo pela segunda vez em mais de um ano. Período que foi recheado por todo o carnaval acima citado. E depois de tudo isto, ele estava no lugar certo, na hora certa. De novo.

Agora vai ter histórias mais frescas para contar para sua recém-nascida filha.

É um clichê mas não deixa de ser verdade: a vida é uma só e podemos fazer dela o que quisermos. Mesmo que seja aos 47 do segundo tempo.


M

terça-feira, 3 de março de 2009

Pá-pum, vamo que vamo!

Huuuum... nem vou fazer cerimônias. Eu já ouvi falar muito de você e, você, bem... imagino que não esteja preocupado em me "conhecer melhor" assim, logo cedo. Nada como um dia após o outro, não é?! Vamos viver o momento e nada mais.

Sei que você tem um enorme senso de humor. E tá pronto pra qualquer assunto. Admiro muito isso, essa coisa de não se levar tão a sério, e de não tentar rotular tudo, ou querer achar que existem fórmulas infalíveis e certeiras que nos farão entender a humanidade pá-pum, preto no branco. Você quer, aliás?

Mas uma das coisas mais importantes nisso tudo, pra ser sincera, é que você é muito generoso, e que sempre vai ter um espacinho pra mim. Vai me deixar falar, brincar, desabafar e/ou filosofar sobre seja lá o que estiver nos meus pensamentos. (...)



(...)
Blog, sem formalidades. A vida na estrada não tem rotinas. É muito cansativa mas também muito prazerosa, não é?!

Então, nestas próximas estradas que vamos compartilhar, vamos tentar só viver o momento, e ser verdadeiros com nós mesmos e com os nossos leitores. Sem expectativas. Apenas um dia de cada vez.

Vamo que vamo??

See ya on the road!

M